O NATURALIS® atua por contacto. O inseto pode entrar em contacto com os esporos da Beauveria bassiana aquando da aplicação do produto, ao mover-se numa superfície tratada, ou ingerindo tecido tratado.
Para dar início à infeção da Beauveria bassiana, é necessário que os conídios adiram à cutícula do inseto e germinem, o que acontece quando as condições de temperatura e humidade são favoráveis e existe uma fonte exógena de carbono.
Os conídios da Beauveria bassiana possuem um revestimento hidrofóbico, o que aumenta a adesão à superfície do inseto. A germinação dá-se ao fim de 10h. Os esporos emitem os tubos germinativos, que penetram na cutícula, segregando um conjunto de enzimas que degradam os lípidos, proteínas e quitina da cutícula dos insetos e ácaros.
A germinação completa-se em 20 horas. O fungo invade então os tecidos do hospedeiro produzindo metabolitos tóxicos como a beauvericina, ciclosporina A, e a bassianolidio entre outros, e que destroem o interior do inseto, causando a morte.
O inseto morre 2-10 dias após a aplicação. Após a morte do inseto ou ácaro, o micélio emerge da cutícula e liberta conídios e sendo os cadáveres mumificados uma fonte de infeção secundária. Esta é a fase saprófita do fungo.
A estirpe ATCC 74040 da Beauveria bassiana além de parasitar insetos tem a capacidade de inibir a ovoposição das moscas da família dos Tefritídeos (Tephritidae): a mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae), a mosca-do-Mediterrâneo (Ceratitis capitata) e a Mosca-da-cereja (Rhagoletis cerasi). Os conídios têm duas proteínas capazes de criar um biofilme hidrofóbico na película da fruta. As moscas fêmeas da família Tefritídeos não reconhecem a superfície dos frutos e não depositam os ovos.